quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Solidão

Mais uma noite em claro na solidão do meu quarto, apagado pela dor de uma vida sem sentido.Gosto de me sentir assim no meio de um túnel sem fim, que apenas se inicia no principio de um findar de tudo que começa.Hoje particularmente sinto em mim um vazio, uma falta, uma dor, um abandono e quanto mais passa o tempo mais eu entendo que nada é tudo quando de nadas vivemos.Oiço no fundo um som simples e singelo como se de uma arpa angelical se tratasse, mas é apenas o gritar de um escritor como eu, que sempre admirei, por ser incompreendido na doentia sociedade do popular.Ele apenas escreve para a musica eu crio musica nas minhas palavras, mas no fundo somos e seremos para sempre vagabundos por amor ou simplesmente pobres cantores de sonhos apagados numa alma vazia.
Ele escreveu uma vez,
"Quando o dia esta aqui
Eu consigo me iludir
Que o pior já me passou

Quando o céu ainda tem luz
Parece que aquela cruz
Que deixas-te me deixou

Escondo-me entre a multidão
E até penso que a razão
Meu sentimento venceu

Mas quando chega a solidão
Quando a noite em mim se abriga
Estou de novo em tuas mãos
E o punhal no coração
Volta a dar sinais de vida

Quando o sol está a brilhar
Eu consigo até pensar
Que a tristeza já la vai
Quando a terra ganha cor
Parece que aquela dor
Que deixas-te me deixou"

No profundo de uma vida de emoções nada mais importa que o viver sem o escuro de um quarto apagado de ideias soltas numa multidão de sentimentos vagos de um coração racional.Deixo estes versos soltos para que pensem no que essa menina no bosque aprisionada por um gelo de sentidos desorientados num passado distante de um futuro mesmo ali em sua frente.

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