Acordo hoje por um raiar de sol infinito no meu espaço presente. A luz invade o meu quarto aquecendo o frio deixado pela solidão da noite.Oiço toda uma vida la fora a minha espera, apenas me separo dela por uma simples parede branca, branca como a gélida neve numa manha de inverno numa montanha de historias inacabadas numa vida atribulada pelo sentimento de inacabada com o tempo que o tempo nos dá.Nela apenas uma janela trancada pelo vazio.Pergunto-me se a devo abrir e deixar o exterior entrar na minha vida, e nessa pergunta, me dou conta de que hoje é um dia diferente, talvez um virar de pagina ou apenas um raio de sol numa noite escura.
Ela, ela invadiu os meus sonhos como se de César se tratasse, guiou-me pelo imaginário da realidade dos comuns.E agora abandonou-me no meu acordar para o sol da manhã, como uma fada em busca de seu amo no feitiço desgostoso de futuro. Procuro lembrar-me do caminho percorrido em conjunto, não encontro as pontas nem os meios num baralhar de sentidos criados por quem de medos e pressões afasta todos os que a tentam conquistar pelo sentido de sentir. Sentir esse ser sem ser, viver não estando vivo, criar sem criador, pensar não tendo ideias. Apenas quero chegar à noite para poder encontra-la novamente na realidade dos meus sonhos, porque ai, sou igual a ela e os mitos mundanos da sociedade doente de espírito, não nos perseguem por toda a eternidade deixando-nos viver.
Sem comentários:
Enviar um comentário