Sigo este caminho criado pela ilusão de estar vivo, quando por entre os trilhos te encontro. Meu velho amigo te reconhece sabe que és mais que luz que pairas por entre a realidade dos mundanos e nos encontras na escuridão do irreal, serás Rāp̄āʾēl em todo o seu explendor e dos caminhos ocultos à razão renasces para a criação aclamada. Sei que há muito me procuras por este inospito mundo de criaturas esquecidas que se perdem da vontade pura de existir, pois sou palavra escura quando mais de ti não quero sentir.
Ao longe, com a chama que aquece o sol dos tenebrosos comuns, escondo o que tu entrave meu da escuridão procura. Sabes que a madrugada termina numa alvorada de ressurreição em que os pássaros anunciam a chegada dos saberes escondidos pelos guardiões de Shlomô . Sinto cada vez mais perto o findar desta realidade esquecida por quem pensa que sabe o que realmente importa por entre a neblina oculta de meus iguais. Não somos materia amigo meu que procuras fortuna, somos sentido, norte, saber e tudo o que sinta, olhe, escute, sabe bem onde procurar a inaltecida ceia dos esfomeados por palavras, escritas, pensadas, vividas. Assim neste gelido bosque escondido da multidão cega aos sentidos da existência teremos de lutar, amigo meu, para que um amanhã seja uma realidade e não so uma ilusão do nosso esquecimento freudiano perdido por entre as nuvens deste local.
Não procures nas palavras ditas a resposta, mas sim no teu coração fechado e encontrarás a chave para cælum de todos nós.