domingo, 4 de dezembro de 2011

Rumos

Somos uma imagem do que queremos ser, quando nos perseguimos por estes gélidos caminhos cobertos pela brisa de uma manha que anseia pelo calor do sol de um meio dia que tarda em chegar. Saio por instantes desta longa jornada em que me perdi, entre a escuridão deste meu bosque que mais que passado se encontra incompleto, para procurar o que anseio por entre as palavras caladas em meu coração.Não somos mais que uma invenção de nos próprios quando tentamos viver uma realidade que não nos pertence. Procuro vos por entre os sons cada vez mais longínquos da minha razão mas não vos encontro pois a escuridão cegou meus sentidos. Onde estás? pergunto eu entre as folhas secas de um outono que teima em não passar, quero-te aqui fada minha entre o bosque esquecida. São momentos vividos a teu lado que recordo quando de novo as minhas mão deleito por entre estas escura teclas que trazem à vida o que em mim se esconde.Não sei viver sem sentir que tenho aqui sempre que a cruel realidade de meus tempos me apague entre a multidão de cegos que este cruel mundo transporta.
Olho mais distante e uma luz se aproxima por entre a neblina qual Sebastião perdido no outrora, sinto-te mais perto do que pensei, mas mesmo assim não quero esse caminho. Caminhos movimentam escuridão por estas bandas, escondidas nos peitos apagados de cada amante, pois na verdade não mais que simples comida para vermes nos tratamos. E com esta certeza apagada em nos seguimos esta dura batalha do irreal, desta simples realidade esquecida por entre as árvores apagadas em procura de um inverno com saudades de um verão quente. Mas tu e só tu sabes por onde me encontrar, esse segredo guardado com a chama de Olimpo para que dos mortais esteja protegido, e qual como pandora nunca se mostre na realidade.
Esconderei mais um dia o que a tanto quero mostrar, mas seguirei por este bosque pequena fada ate um dia te encontrar.