segunda-feira, 18 de abril de 2011

Chuva..

Na magia destes dias escondido entre gotas de umas lágrimas mundanas vos visito meus fieis companheiros de aventuras neste sombrio bosque da realidade esquecida por quem nos materiais se esconde.Em tempos estas simples gotas eram alívios da almas e a pureza de uma escrita sem sentido, sentida apenas a quem de olhos fechados as lê.Do longe mas bem perto mais uma voz de entre o nevoeiro, como se do rei morto salvador se tratasse,grita por ajuda enquanto se perde nos encantos deste sombrio lugar gelado pelas gerações de infortunio aos olhos dos leigos.Mitos perseguem este lugar como os gigantes escondidos nas grutas da paixão e as ninfas agarrando em seus chamamentos os que não tem olhos para seus sentimentos.Entro pela porta fechada ao mundo e chego ao caminho da solidão, onde lentamente somos levados à loucura de palavras soltas de sangres derramados, nesse instante encontro entre as árvores falantes a voz que perseguia, era de uma simples fada que se perdera de seu amo. Pergunto-lhe que fez ela à realidade para se perder nestas raízes do passado, entre choros e sons me faz entender, de seus lábios delicados como seda, que se perdera de seu Eu enquanto tentava encontrar o dos outros, de palavras foi sedenta ate que as palavras a levaram para o mundo de onde sempre tentou fugir.Agora aqui na escuridão de seu ser reside a sua vivência e sem a chama de olympus para a proteger não sabe de que se provir para sobreviver.Pede-me ajuda e que seja seu Melchior a guiar sua alma para a luz do norte escondida entre as árvores longas do sentido de viver. Ajudo quem de mim precisa, sigo quem me levar, mas palavras não irei mais narrar, diria ela na sua inocência do mundo.Não me pede nada mais só que a leve para onde vão os perdidos de seu ser, esse lugar húmido pela chuva de viver....