Em cada momento em ti penso,como se de um escravo de teu olhar me encontrasse.Procuro na imensidão do meu quarto teu perfume deixado em minha vida.Sinto-te mas não te encontro, procuro-te mas não te acho.Sei que estas aqui menina no bosque perdida, à tanto que me persegues em meus sonhos e na minha realidade infiel de factos.Pedes que te escreva mais e mais de mim para ti, quando de ti não sei nada.Vivo num inconstante tumulto na procura do meu eu e ainda me obrigas a te descobrir nesse teu mundo tão diferente mas em tudo parecido ao que vivi.
Do outro lado da janela do meu gélido quarto numa noite quente de verão, oiço a voz do vento passar entre as persianas de uma vida, tento entender o que ele me conta nesta passagem rápida, mas sentida pela minha cara cansada de viver como se morto estivesse.Um dia serei como ele, livre de emoções e capaz de percorrer o mundo num segundo, mas hoje nada mais sou que mais um desses que a sociedade corrompeu com suas infiéis regras de destino cruel. Ele perdeu-se no simples da vida, quando o difícil construído estava, Ela perdeu por seguir demais quem não mais merecia ser seguido, ambos me contaram suas historias e agora aqui inicio uma nova palavra de minhas mãos deleitadas num teclado sujo de paixões.
Ao longe, neste tão saudoso bosque mais uma voz me retirou do sono para que com ele persiga a imensidão do pecado de escrever,é uma mulher, que me conta como ali parou entre o mundano e o passado, entre o futuro e o misticismo. Com ela volto a aprender para que sirvo neste sombrio quarto ainda incompleto pela razão de uma solitária noite, espero viver grandes aventuras a seu lado, mas mais que tudo espero aprender o quão completo podemos estar quando o todo não mais que ao nada se resume quando a mente nos abandona a favor de um pobre coração.